Vamos para a próxima!

Enquanto eu escrevo este post, milhares de corredores estão disputando a Maratona do Rio de Janeiro. Eu seria um deles, mas infelizmente, por tudo que já escrevi aqui, não estou correndo. Para me manter motivado, tracei a próxima meta: Meia Maratona do Rio de Janeiro. E como completar a meia já não é mais nenhum desafio pra mim, o objetivo será baixar meu tempo na meia da Corpore (1h57'). Apesar do percurso mais plano, a umidade e o calor do Rio aumentam o desafio.

(-) Exercício (=) Calorias >> (+) Peso

Preciso controlar minha alimentação. Com a intensidade de treinamentos que estava fazendo (e consequentemente queima de milhares de calorias), não estava me cuidando, aproveitando para escorregar em frituras, pizza e chocolate. O hábito ficou - o inverno aqui em SP e o stress no trabalho também não ajudam muito - mas sem exercício, já sinto o efeito na balança. A ordem é fechar a boca e melhorar a qualidade da minha alimentação.

Recomeçando (2)

Continuo com o trabalho de fortalecimento com a equipe e aos poucos vou sentindo a melhora. Ainda é cedo para arriscar quando estarei 100%, mas minha meta é voltar a correr em meados de Julho.

Aprendizado

Passada a frustração de não correr a maratona do Rio, procurei entender direito o que aconteceu comigo e encarar como um aprendizado para o futuro. Em primeiro lugar, fui buscar com o ortopedista a(s) causa(s) da minha lesão. Segundo ele, as principais hipóteses são:

Técnica: a postura errada na corrida, a forma como o corredor pisa, etc. Não acredito que esta tenha sido a causa, uma vez que fiz um trabalho de base muito bom com o Branca.

Tênis inadequado: pouco amortecimento, tipo de pisada, etc. Aqui já encontro explicação pra parte do problema. Além de realizar praticamente todo meu treinamento com tênis pronadores enquanto minha pisada é neutra, utilizei um modelo com pouco amortecimento (Brooks Adrenaline) em todos os longos de 20 a 30 km.

Carga de treinamento: muito volume, sem que o corpo esteja preparado. Conversando com o mestre Branca, entendemos que a retomada aos treinos depois das minhas férias talvez tenha sido forte demais.

Enfim, parece fazer sentido. Como eu falei, fica o aprendizado. Tênis adequado, treinamento consistente com preparação adequada. Não tem muio mistério. Além disso, lendo matérias em revistas e conversando com outros corredores da minha equipe, vi que se lesionar faz parte do esporte. Todos em algum momento se machucam, com maior ou menor intensidade. O importante é entender o que não foi feito corretamente, se recuperar bem, e partir para a próxima com mais experiência.

Recomeçando

Não adianta chorar sobre o leite derramado. Me lesionei, estou fora da maratona do Rio. Agora preciso focar na recuperação. Além de continuar com o anti-inflamatório por mais duas semanas, de noite estou fazendo uma massagem no pé com ajuda de uma bola de tênis, seguida de aplicação de gelo.

Voltei aos treinos com a equipe, mas sem ainda sem correr - estou fazendo um trabalho de fortalecimento muscular, além de exercícios específicos para a região lesionada, como por exemplo trotar sobre uma cama elástica.

Tendinopatia...

...do tibial posterior, anterior e fibular longo, associado a sinais inflamatórios do plano peritendineo, com edema das estruturas adjacentes.

Esse foi o resultado da ressonância magnética. Implicações? Estou oficialmente fora da maratona do Rio. Devo demorar de 4 a 6 semanas para me recuperar da lesão.

É isso. Sem mais no momento.

Desânimo...

Faltam 2 semanas pra maratona do Rio, mas agora eu tenho poucas esperanças de correr a prova.

Na segunda passada (dia 08) fui no ortopedista, e ele suspeitou de tendinite, me pedindo para fazer uma ressonância. Receitou um anti-inflamatório (primeiro uma injeção e depois comprimidos) e pediu para que eu ficasse em repouso. Após a injeção e os primeiros comprimidos, a dor melhorou bastante, e resolvi experimentar um trote na quinta. Senti de imediato, parando o treino com menos de 10 minutos.

Acho que a grande lição é que precisamos aprender respeitar os limites de nosso corpo. No treino da maratona de SP eu corri uns 15km com muita dor. Com certeza essa "forçada" agravou a inflamação inicial, e se eu tivesse parado, provavalmente estaria melhor agora. Mas enfim, tudo é um grande "se". Fica o aprendizado.

Amanhã pego o resultado da ressonância. Vamos ver o que aparece...

Vídeo Motivacional - Rocky IV

Ok, eu admito, adoro a série "Rocky" estrelada pelo canastrão do Sylvester Stallone. O primeiro filme é muito bom, os outros vão ficando cada vez pior, mas todos são inspiradores se você é um atleta. Pode beirar a pieguice, mas adoro as sequências de treino do Rocky, onde o foco é a dedicação, o esforço, e é claro, a superação.

Rocky IV talvez seja o filme mais tosco da série, feito em uma época ainda com resquícios da guerra fria, onde o lutador americano enfrenta o temível Ivan Drago, expoente da URSS. Enquanto Drago tinha ao seu dispor o estado-da-arte da tecnologia para sua preparação física, Rocky se isola na Sibéria, fazendo seu treinamento solitário com corridas na neve e levantamento de toras entre outras tosquices...

A música tema do filme é "Burning Heart", do grupo Survivor. Tem uma parte que eu acho muito bacana, e que me motiva sempre que eu ouço no meio dos meus treinos:

In the warriors code - theres no surrender
no código dos guerreiros não há lugar para rendição
Though his body says stop, his spirit cries - never!
embora de seu corpo diga pare, seu espírito grita - nunca!
Deep in our soul a quiet ember
no fundo de nossa alma há uma brasa quieta
Knows its you against you
sabe que é você contra você
its the Paradox that drives us on
é o paradoxo que nos leva adiante
Its a battle of wills, in the heat of attack
é uma batalha de desejos, no calor do ataque
Its the passion that kills
é a paixão que mata
The victory is yours alone.
a vitória é só sua

De molho...

Como meu pé ainda não está 100%, não vou treinar este fim de semana, apenas uma caminhada no domingo. Estou aplicando gelo e tomando anti-inflamatório, vamos ver se melhora na semana que vem. Em todo caso, já vou marcar uma consulta no ortopedista.

Começa a surgir um fantasma me rondando... Só falta eu ficar fora da maratona por esta lesão, depois de tanto treino. Pensamento positivo, ainda restam 3 semanas e a parte mais dura do treinamento já foi feita.

Entrando numa fria

Não treinei na terça, pois meu pé ainda doía. Ontem (quinta), me sentindo melhor, fui para o parque correr uma hora.

Por volta das 6:30h da manhã, os termômetros marcavam a temperatura de 9 graus. Não estava preparado pra tanto frio. Quando comecei a correr, meus pés estavam quase dormentes. As mãos, congeladas. Demorei uns 10 minutos pra me esquentar.

Fora o frio, senti logo no início a dor no pé direito. Achei que não fosse conseguir correr nada. Insisti um pouco, e com o corpo mais quente, a dor diminuiu um pouco. Corri com o Ricardo e o Thiago em um ritmo forte, cerca de 5'30''/km e me senti bastante confortável nesta velocidade. Mas resolvi parar com 50 minutos, com receio de piorar minha lesão.

Infelizmente meu Garmin demorou um pouco pra sincronizar o GPS, e não registrou o primeiro 1,5km. Acho que no total foram 9km.


Data: 04/06
Local: Parque do Ibirapuera
Tempo Total: 50'
Distância Total: ~9 km
Ritmo Médio: 5'30"/km
Frequência Média/Máxima: 162/174
rcepção de Esforço: Moderado

Tá chegando...

Depois do treino na maratona da USP, caiu a ficha. Falta menos de um mês para a minha prova no Rio. Será que estou preparado? Vou conseguir?

Bom, já deu pra perceber que fechar os 42km não é nada impossível. Chegando bem nos 30km, 35km,dá pra completar a prova nem que seja andando. Mas não é isso que eu quero. Meu objetivo é terminar bem, sem muito sofrimento, caminhando o mínimo.

Acho que não estou com a parte muscular 100% - não consegui encaixar bem a musculação com o treino de corrida - mas ao mesmo tempo sei que fiz um bom trabalho de base. Nessas últimas semanas, redução de kilometragem e trabalho de polimento para a prova.

Maratona de SP - após 30km, com a equipe Branca Esportes na USP

Longão na Maratona de SP

No domingo aproveitei a Maratona de São Paulo para fazer um longão. Larguei com todos os corredores na ponte estaiada, e iniciei a minha jornada de 35 km. Ainda estava sentindo aquela dorzinha na sola do pé direito (maldito Adistar!), mas achei que não seria um problema.

Bom, mesmo correndo com outro tênis, a dor foi aumentando km a km, até que, ao entrar na USP, por volta do km 20, a coisa ficou feia. Além da dor no pé, sentia muito a lateral do joelho. Mais tarde fui entender que uma coisa era reflexo da outra: estava compensando a pisada dolorida com alguma rotação do joelho, forçando assim um ligamento.

Me arrastei nos últimos 5 km, entre trotes e caminhadas, até chegar nos 30km, onde estava o pessoal da equipe dando apoio. Dei uma parada, bebi gatorade, comi fruta e bolo, e avaliei minha situação. Não dava pra continuar. Tinha a certeza que se forçasse, só iria piorar as coisas, e consequentemente, iria pagar mais tarde na recuperação. A menos de um mês da maratona do Rio, preferi me poupar. Parei por ali mesmo, já fazendo uma aplicação de gelo no pé. O consolo é que na parte aeróbia eu estava 100% - pulmões e coração inteiros, sem maiores esforços.

Data: 31/05
Local: Maratona de São Paulo
Tempo Total: 3h22'
Distância Total: 30 km
Ritmo Médio: 6'40"/km
Frequência Média/Máxima: 156/174
rcepção de Esforço: Muito Difícil